A ética da psicanálise
com Susan Guggenheim, quintas as 16h00
No seminário da ética da psicanálise, livro 7 (1959/60), Lacan propõe que a psicanálise se estabeleceu a partir de Freud como uma ética do desejo – uma nova ética que se diferencia dos fundamentos filosóficos.
Será preciso percorrer o pensamento dos principais pensadores citados no referido seminário, onde a moral do Bem, da busca da felicidade no sujeito dotado de uma razão ideal, imaginária que não considera as pulsões inconscientes.
A Coisa (das Ding), objeto para sempre perdido dará a Lacan o subsídio para fazer deste objeto inatingível, desejante e imaginário aquilo que no sujeito não é possível de ser simbolizado- o Real.
O Real como possibilidade de gozo transgressivo de Sade será desenvolvido no capítulo XV. O gozo mortífero de Antígona, a tragédia de Sófocles aponta para o dilema ético da personagem cujo desejo conflitua com a Lei imposta. Teremos, então o caminho para Lacan propor a sua conhecida interrogação: “agiste em conformidade com teu desejo.”
Daremos destaque ao capítulo XXIV que trata dos paradoxos da ética e nos aponta para o caminho da formação ética que a psicanálise propõe.
Referências bibliográficas:
Lacan, J. O Seminário, A ética da psicanálise, livro 7 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
Lacan, J. Do ‘Trieb’ de Freud ao desejo do psicanalista. Escritos. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2017. Pg.: 865.
Jorge, Marco Antonio C. Real, Simbólico e Imaginário. Fundamentos da Psicanálise: de Freud a Lacan. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2017. Pg.: 93.