O Eu e o Isso – 100 anos depois
com Cristiana Pondé, terças-feiras de 11:30 às 13:00
A segunda parte do curso O Eu e o Isso – 100 anos depois pretende contemplar alguns desdobramentos conceituais realizados a partir das proposições freudianas e que fundamentam a psicanálise na atualidade. Ao longo do tempo, as sementes plantadas por Freud fertilizaram e fizeram brotar múltiplas formas de compreensão do funcionamento psíquico sem prescindir de sua divisão estrutural da mente. Consideramos que, neste percurso, a noção de objeto ganhou substancialidade estando presente de forma consistente para a compreensão dos processos de subjetivação. E, como resultado desta expansão, denota-se um deslizamento para a noção de ambiente como crucial nos entrelaçamentos entre vida e morte inerentes ao sofrimento psíquico na atualidade. Buscaremos destacar, em diálogo com o texto freudiano e a partir do recorte teórico/ clínico da psicanálise transmatricial, de que forma alguns autores significativos da psicanálise contemporânea elaboram os conceitos de objeto e de ambiente nas encruzilhadas contemporâneas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
- A estrutura da mente: o eu, o isso e o supereu;
- Deslizamentos conceituais da 2° tópica freudiana à teoria das relações objetais;
- Continuidade dos estudos da matriz ferencziana: Winnicott – a noção de ambiente, o trauma e a agonia impensável;
- Os fundamentos da Psicanálise transmatricial;
- Ênfase às contribuições de T. Ogden e A. Alvarez.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVAREZ, A. (1992). Tornando o pensamento pensável: perspectivas sobre introjeção e projeção. In: Companhia viva. Psicoterapia psicanalítica com crianças autistas, borderline, carentes e maltratadas. p. 88 a 102. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.
FIGUEIREDO, L. C., COELHO Jr., N. (2018) Adoecimentos psíquicos e estratégias de cura. Matrizes e modelos em Psicanálise. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2018.
FREUD, S. (1923). O Eu e o Isso. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996. (ESB, XIX).
O OGDEN, T. (1986). Relações objetais internas. In: A matriz da mente. Relações objetais e o diálogo psicanalítico. p. 97 a 123. Karnack Books Ltda., 2015.