Introdução à obra de M. Klein: os pós-kleinianos
Com Ricardo Parente. Quintas-feiras, às 14h30.
Em nosso módulo “Teóricos das Relações de Objeto” abordamos, nos semestres anteriores, os principais conceitos e contribuições clínicas da obra de Melanie Klein.
Portadora de um estilo controverso e de uma obra complexa e original, a importância da obra da psicanalista austríaca mede-se desde a criação de sua obra teórico-clínica, mas também pela ampliação e extensão de seu pensamento e de seus conceitos até os dias atuais.
A lista de seus admiradores é longa e não cessa de ser reescrita. Desde as suas mais importantes discípulas e continuadoras como Hanna Segal, Paula Heineman, Joan Rivière e Susan Isaacs, passando por seus contemporâneos, herdeiros diretos, e donos de uma obra de pensamento original como Winnicott e Bion, até chegar a outros países e continentes como o casal Baranger, Pichon-Riviére, André Green, René Roussilon, Antonino Ferro, Thomas Ogden, Christopher Bollas e muitos outros. Alguns fazendo referência à autora de “Psicanálise da Criança”, outros nem tanto, mas todos devedores de sua instigante e orgânica obra. Seu pensamento transcende a “escola ou doutrina kleiniana”.
Neste semestre iremos estudar artigos de alguns autores pós-kleinianos contemporâneos e que fazem uma releitura (sob outra perspectiva) de seus conceitos, produzindo novos sentidos e ressaltando alguns anacronismos. Abordando a natureza da Inveja e sua relação com a destrutividade e com a pulsão de morte, principalmente em suas manifestações clínicas. Assim poderemos acompanhar as diferentes formas de pensar a noção de pulsão de morte.
Ao longo do semestre e acompanhando os fluxos do grupo iremos fazer a leitura compartilhada de artigos de Robert Carper, Ronald Britton, Edna O’ Shaughnessy e Elizabeth Spillus entre outros.