Curso – RACISMO ENTRE A CLÍNICA E A POLÍTICA: REFORMULANDO A PSICANÁLISE
RACISMO ENTRE A CLÍNICA E A POLÍTICA: REFORMULANDO A PSICANÁLISE
TERÇAS: 25/1, 1/2, 8/2, 15/2 DAS 16H ÀS 17H30.
TRANSMISSÃO VIA ZOOM.
COM IASMIM MARTINS
O presente curso pretende discutir o racismo entre a clínica e a política, a partir de reformulações da psicanálise. O curso será dividido em duas partes. Primeiro pretendemos apresentar e debater os conceitos propostos pelo psiquiatra e filósofo Frantz Fanon a respeito do racismo e de sua relação com a psicopatologia. Neste primeiro tópico, pretendemos investigar como a ideologia que ignora a cor pode apoiar o racismo que pretende negar e, mais ainda, como a linguagem e até mesmo os métodos pelos quais as ciências e a psicanálise são construídas podem incorrer em um colonialismo epistemológico. Ainda neste tópico, aproximaremos as críticas tecidas por Fanon ao racismo e à política neocolonial europeia sobre a África no século XX com a obra de Sándor Ferenczi, buscando pensar a possibilidade de transformação política e também a potência transformadora da clínica psicanalítica contemporânea. Em um segundo momento, iremos discutir alguns conceitos propostos pela psicanalista e filósofa Lélia Gonzalez a partir de sua articulação com a psicanálise de Lacan e da sua interpretação da noção de Verneinung em Freud, com o intuito de melhor compreender aquilo que ela denomina como “neurose cultural brasileira” e também a condição das mulheres negras nesse processo de denegação. Desse modo, poderemos compreender também a partir de uma perspectiva feminista e antirracista em que medida a clínica psicanalítica em seu enlace com a política pode ser transformadora.
Distribuição do curso (não se refere ao número de aulas):
1° parte:
- Violência colonial
- O negro e a linguagem
- A experiência vivida do negro
- O preto e a psicopatologia
- O preto e o reconhecimento
- Alienação colonial
2° parte:
- Verneinung
- Racismo como neurose cultural brasileira
- Amefricanidade
- Feminismo (afro latino americano)
- “Nêga Ativa”