FUNDAMENTOS PSICANALÍTICOS
Terça-feira das 10h às 11h30 – com Luiza Atalia Fontes (Curso ao vivo com transmissão online)
MoreTerça-feira das 10h às 11h30 – com Luiza Atalia Fontes (Curso ao vivo com transmissão online)
MoreTerça-feira das 14h30 às 16h – com Andréa Junqueira (Curso ao vivo com transmissão online)
Neste semestre daremos continuidade às discussões sobre as experiências-limite na clínica psicanalítica, seus desafios, possibilidades e transformações no campo teórico/clínico. Cada vez mais esse percurso será imprescindível para acompanharmos o sofrimento psíquico na clínica contemporânea.
O modo como o psicanalista se coloca na relação analítica nos traz questões sobre a analisabilidade e seus limites. Entre as experiências desafiadoras na transferência e as afetações provocadas no analista, se abriria a possibilidade de psicanalisar.
Bibliografia básica:
Figueiredo, Luiz Cláudio – A Mente do Analista. Editora Escuta.
Figueiredo, Luiz Cláudio – A Psicanálise: Caminhos no mundo em transformação. Editora Escuta.
Ferro, Antonino – Na sala de análise. Editora Blecher
Obs: Serão oferecidos textos complementares durante o semestre.
Terça-feira das 16h às 17h30 – com Helcio Aranha (Curso ao vivo com transmissão online)
MoreTerça-feira das 17h30 às 19h – com Marcelo Cobucci e Thais Klein (Curso ao vivo com transmissão online)
Nesse semestre iremos refletir sobre as articulações entre psiquiatria, psicanálise e o sofrimento psíquico e social.
Buscaremos, através dos textos indicados, pensar em como os dispositivos clínicos são capazes de acolher determinadas formas de sofrimento relacionadas a questão de gênero, língua, classe social, etnia, cultura, democracia e pandemia, destacando a necessidade de ampliação das trocas entre os saberes psiquiátricos, psicanalíticos e do campo da atenção psicossocial, para que possamos escutar sensivelmente aqueles que nos confiam suas histórias. O Brasil e sua herança histórica, país marcado por gritante desigualdade social, faz com que as reflexões sobre a vulnerabilidade social se tornem cada vez mais urgentes nos ambientes de formação psicanalítica. Assim, talvez os psicanalistas poderão aprofundar o interesse por determinadas temáticas e atingir certos ambientes nos quais hoje ainda não circulam, em função dos privilégios de classe que nos atravessam.
Teremos 17 encontros e discutiremos os 12 textos indicados segundo o cronograma abaixo.
Aula 1 – 15/3/2022
Apresentação do curso e discussão em torno das questões contemporâneas.
PELLEGRINO, Hélio. Pacto edípico e pacto social
Aula 2 – 22/3/2022 e Aula 3 – 29/3/2022
História e o pensamento sobre o social. Freud possui um pensamento sobre o social?
DANTO, E A, 2019. “As clínicas públicas de Freud” (introdução – A consciência da Sociedade e cap. 1- “O tratamento será gratuito”).
Aula 4 – 05/04/2022 e Aula 5 – 12/04/2022
História e o pensamento sobre o social. Freud possui um pensamento sobre o social?
FREIRE Costa, Jurandir. O grupo no pensamento de Freud. In: Jurandir Freire Costa. Psicanálise e contexto cultural. Rio de Janeiro: Campus, 1989. Pp. 57-105.
Aula 6 – 19/04/2022 e Aula 7 – 26/04/2022
Atenção psicossocial – Sofrimento social
ENERIQUEZ, Eugène. Psicanálise e ciências sociais
Ágora (Rio de Janeiro) v. VIII n.2 jul/dez de 2005. 153-174.
WERLANG, Rosângela; Mendes J M R. Sofrimento Social. Serv. Soc. Soc, São Paulo n.116, p. -743-768, out/dez 2013. Google Drive
Aula 8 – 03/05/2022 e Aula 9 – 10/05/2022
Atenção psicossocial – Promoção de saúde
CZERESNIA, Dina. O conceito de saúde e a diferença entre promoção e prevenção. Czeresnia D, organizadora. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências Rio de Janeiro: Fiocruz, p. 43-58, 2009.
Aula 10 – 07/05/2022 e Aula 11 – 24/05/2022
Aula 12 – 31/05/2022 e Aula 13 – 07/06/2022
Vulnerabilidade e violência política
Raça, gênero e classe social
CANAVÊZ, Fernanda. Raça, gênero e classe social na clínica psicanalítica.
DEBIEUX, Mirian. Marcadores sociais clínica e política.2021
TURRIANI, Anna. Questões subjacentes às margens da clínica e da transmissão psicanalítica em territórios vulnerabilizados pela violência política.
Teoría y Crítica de la Psicología 12 (2019), 340–351. http://www.teocripsi.com/ojs/
ISSN: 2116-3480
Aula 14 – 14/06/2022 e 15 – 21/06/2022
Questões contemporâneas – Democracia e fake news
Bollas, C. Os insatisfeitos na civilização. In:Ana de Staal; Howard Levine (orgs) Psicanálise e vida cotidiana. São Paulo: Blucher, 2021.
Aula 16 – 26/06/2022 e Aula 17 – 05/07/2022
Questões contemporâneas – Pandemia
CANAVÊZ, F; Fernandes, S L. Caixa de ferramentas de desesperar. Diário de Bordo: Ano 1 na Pandemia. Flora Tucci, Jô Gondar, Regina Herzog.
VERZTMAN, Julio; ROMÃO-DIAS, Daniela.Catástrofe, luto e esperança: o trabalho psicanalítico na pandemia de COVID-19. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, 23(2), 269-290, jun. 2020.
Quinta-feira das 10h às 11h30 – com Paulo Oneto e Thais Klein (Curso ao vivo com transmissão online)
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Quinta-feira das 14h30 às 16h – com Ricardo Parente (Curso ao vivo com transmissão online)
MoreQuinta-feira das 17h30 às 19h – com Alexandre Costa (Curso ao vivo com transmissão online)
MoreO diálogo tenso e provocativo que o pensador francês Michel Foucault (1926 – 1984) estabeleceu com a psicanálise é fundamental para pensarmos as dificuldades da clínica contemporânea. Pois se entendermos que o desafio fundamental do psicanalista como clínico é viabilizar a transformação do psiquismo humano, então a ambivalência com que Foucault tratou a psicanálise se deve ao que poderíamos denominar, na sua interpretação, de um singular “hibridismo psicanalítico”, capaz de subverter, “pero no mucho”, os valores, os comportamentos e as formas de viver do ser humano na modernidade. Para Foucault, trata-se de uma surpreendente conjugação de elementos transformadores e conservadores, que estão presentes tanto na teoria freudiana quanto em sua prática. O curso Foucault e a psicanálise pretende discutir as implicações clínicas das diversas questões filosóficas, históricas, políticas e psicológicas que embasaram a concepção foucaultiana de psicanálise, desde o seu primeiro livro em 1954, Doença mental e personalidade, até a publicação do segundo e terceiro volumes de História da sexualidade em 1984, ano da sua morte.
O objetivo deste minicurso é introduzir a abordagem da filósofa e historiadora das ciências belga Isabelle Stengers (1949- ) acerca da psicanálise a partir de sua primeira obra sobre o tema (Quem tem medo da Ciência? Saberes e Poderes, 1989). Nosso foco repousará sobre o conceito-chave de “testemunha fidedigna”, forjado pela filósofa para falar do ideal científico de se distinguir a priori entre verdade e pura crença (sugestão). A prática psicanalítica indicaria que este ideal pode, quando muito, servir como baliza e estímulo para a elaboração de procedimentos cujo valor seria, contudo, ad hoc. Deste ponto de vista, cada “fato” emerge como um artefato – no caso da psicanálise, como um artefato produzido na interação analista-analisando.
PROGRAMA:
AULA 1: A produção de “testemunhas fidedignas” versus a postura experimental objetivista das ciências ditas “duras”.
AULA 2: Eventos, conceitos, objetos. Freud e o abandono da teoria da sedução.
AULA 3: O obstáculo como caminho: a neurose de transferência.
AULA 4: A radicalidade da terceira ferida narcísica e as razões do coração.