Amor e Transferência
Por que nos ocuparmos de um texto como “Observações sobre o amor transferencial”?
Vivemos épocas duras. A psicanálise perdeu parte do seu prestigio social e do seu charme.
Os psicanalistas nos acomodamos nesse prestígio e descansamos demais deixando de fazer trabalhar a própria psicanálise. A ortodoxia está em baixa. Parece que somos agora obrigados a inovar. Frente a arrogância analítica transformada em maltrato do paciente, parece que não fica outra alternativa que reflutuar velhas técnicas de maternagem. Hoje está na moda confessar pecados e/ou fazer deles prova de “plasticidade”. É necessário mais do que nunca separar a procura do novo, da reedição da velha sedução transferencial que tanto preocupava Freud quando escreveu este artigo. É entre outras coisas por isso que ele me parece tão atual.
Amor de transferência (1)
Por Oscar Miguelez
Por que ocuparmos, passados já quase cem anos, de um texto como “Observações sobre o amor transferencial” (2)? Parece estranho, para olhos estrangeiros, que os analistas continuemos vasculhando as obras de Freud para encontrar inspiração na solução de problemas que a clínica nos coloca no presente.
Recentemente uma colega me transmitia o espanto que seu cunhado cardiologista sentia quando a via debruçar-se na leitura do caso do “Homem dos lobos”, escrito em l914! Para esse universo “científico”, os anos 80 são o limite permitido para uma pesquisa que pretenda ser algo mais que histórica.
Sem tentar discutir a “cientificidade” da psicanálise e deixando de lado alguns exageros talmudistas na leitura da obra de Freud, sabemos que seus textos tem sido referência permanente dos analistas, objeto constante de “leituras” que se recriam cada vez que revisitamos suas obras. Isso chega ao ponto de as vezes não se saber mais o que ele próprio escreveu, tal é o atravessamento que suas obras possuem daqueles que tem sido seus leitores. Há um Freud Kleiniano, Lacaniano, Winnicotiano etc.
Por outro lado, a formação dos analistas repete muitas vezes a própria história da psicanálise, história essa que, como bem tem descrito O. Manonni, é a historia do vencimento das “resistências” mais do que o da ignorância.(3)
Nos inícios da prática psicanalítica vemos um Freud preocupado pelo que ele conceituava como “falsa conexão”. O ponto central da sua técnica consistia no desmantelamento da ligação “errada” que o traumatismo tinha ocasionado. Os recursos mobilizados tinham como objetivo desfazer o “engano” para assim assegurar a continuidade da vida mental. Assistimos a uma sucessão de técnicas: hipnose, sugestão até chegar à livre associação, que se transformou em sinônimo de psicanálise. A preocupação pela descoberta da verdade inconsciente marca essas épocas heróicas e leva Freud a atitudes que hoje nos parecem radicais. Não é infreqüente uma postura “detetivesca”, como a de um Sherlock Holmes na procura do desvendamento do crime.(4) Para isso recorre não só a uma leitura dos indícios senão também a informações obtidas das mais diferentes fontes. Nesse modo de proceder, o conceito de “resistência” cumpre um papel fundamental. A “verdade” deve ser como “arrancada” do paciente pois seu “eu” resiste a admitir “aquilo” que poderia libertá-lo. Esse enfrentamento reflete não só uma época. Ele reaparece nos inícios da formação analítica e marca, às vezes demasiadamente, o estilo em que alguns analistas concebem a sua prática. Uma certa atitude desconfiada forma parte do “savoir faire” de todo analista, embora em alguns assuma matizes francamente persecutórios.
A transferência é uma descoberta demorada. Embora o conceito tivesse sido usado no contexto da “Interpretação dos sonhos” como sinônimo de deslocamento ou transporte, ele foi assumindo aos poucos um papel fundamental na prática da psicanálise. Temos nos acostumado a pensar a transferência associada à resistência, à mais poderosa resistência no campo da psicanálise. A qualificamos de positiva ou negativa, segundo seja carinhosa ou hostil. Falamos também de neurose de transferência.
Aquele trabalho de detetive ao que nos referimos antes fica assim muito mais complexo. Não se trata só por parte do analista de uma “leitura” de indícios. Sua presença faz dele próprio uma “pista”. Não é mais comunicar e vencer a resistência. A sua leitura é por sua vez “lida” pelo paciente e variará segundo o lugar aonde o analista é colocado. Lugar materno, paterno, fraterno, lugares clássicos que a psicanálise pesquisou como os lugares da repetição transferencial. Repetição que faz obstáculo e permite ao mesmo tempo a elaboração na transferência. A idéia de uma contra-transferência concomitante complica mais o processo. Quer seja na sua versão de “transferência do analista”, quer naquela outra, “sentimentos do analista provocados pelas identificações projetivas do paciente”, a que nos acostumou a escola inglesa, a contra- transferência ocupou o cenário da psicanálise gerando controvérsias.
A interpretação e a análise mesma mudou a partir da introdução do conceito de transferência. Conceitos como o de “neurose de transferência” assim o testemunham. A prática da psicanálise se centrou na análise da transferência. Freud sustenta que a neurose deve ser substituída por uma neurose artificial gerada no “setting” analítico.
Agora bem, analisar a transferência não deve confundir-se com auto-referência . Nem sequer nas orientações que entendem a transferência como abarcando a totalidade da relação analizando-analista, que comungam com o que no final dos anos sessenta ficou denominado técnica de “tradução simultânea”, analisar a transferência significa transpor as associações do paciente simplesmente para a pessoa do analista. E ainda, a interpretação da transferência no supõe necessariamente uma referência explícita à pessoa do analista.
Temos nos familiarizado com diferenciações tais como “interpretação DA transferência” e “interpretação NA transferência” (5) que auxiliam a conter excessos às vezes freqüentes no início da formação e na obediência cega a algumas orientações doutrinárias.
Retomando o questionamento inicial: por que ainda hoje voltar ao texto “Amor de transferência”?
Eu gosto particularmente desse texto. O tema central do artigo, a transferência erótica, em si mesmo instigante, é alternado com assuntos que podem parecer laterais mas que, a meu modo de ver, marcam modos diferentes de conceber a prática analítica .
Já no primeiro parágrafo surge uma interessante questão. Freud afirma:
“Todo principiante em psicanálise provavelmente se sente alarmado, de início, pelas dificuldades que lhe estão reservadas quando vier a “interpretar” as associações do paciente e lidar com a reprodução do reprimido. Quando chega a ocasião, contudo, logo aprende a encarar estas dificuldades como insignificantes e, ao invés, fica convencido de que as únicas dificuldades realmente sérias que tem de enfrentar residem no “manejo” da transferência.” (2)
“Interpretar” as associações é comparado aqui a “manejar” a transferência e o manejo da transferência parece não só algo mais difícil mas também algo mais amplo que a “simples” interpretação. Efetivamente, quando uma paciente declara abertamente estar enamorada de seu analista, a interpretação parece insuficiente para dar conta da situação. A insistência em “interpretar” pode ter valor de rechaço. As palavras perdem seu poder evocativo, metafórico, e são lidas como indicadoras de aceitação ou rejeição. Sabemos que foi por isso mesmo que o “amor de transferência” foi pensado como transferência negativa, como resistência. Mais ainda, a subjetividade do analista está aqui particularmente em jogo. Supondo que ele próprio não se veja envolvido, é no mínimo exigido dele uma resposta comprometida na qual a isenção parece encontrar seus limites.
Agora bem, é essa uma situação de exceção? A aplicação da psicanálise além das fronteiras da neurose, o trabalho com psiquismos não atravessados pela simbolização, o descobrimento de novas patologias, o tratamento dos chamados “casos difíceis” parecem indicar que os psicanalistas precisaram nestes mais de cem anos de psicanálise ampliar seus recursos.
Muito se discutem hoje as fronteiras da psicanálise. Não há encontro de psicanalistas no qual não surja a questão do que é e do que não é análise. Essas discussões têm, às vezes, um caráter meramente narcisista. Trata-se de afirmar que o que “eu” faço é análise e o que o “outro” faz não o é, rivalidades estéreis que desviam do verdadeiro desafio: dar conta de uma clínica cada vez mais complexa.
Gosto muito de uma metáfora que Silvia Bleichmar (6) utiliza para pensar essas fronteiras: quando há inconsciente constituído, sintoma, atravessamento da linguagem, estamos na Manhattan da psicanálise; em muitas psicanálises, contudo, não saímos do Bronx.
É nesse sentido que acho o texto de Freud sobre o “Amor de transferência” exemplar. Não só ele nos coloca frente aos limites do “interpretável”, frente àquilo que requer “manejo”, “condução” (ou “intervenção” vai a preferir Lacan (7) )como ele faz do vivido transferencial um tratamento surpreendente. Apesar dos argumentos em prol de uma teoria da repetição do infantil, o vivido transferencial, embora repetição, é visto como tendo o mesmo status de realidade que qualquer outra vivência. O amor transferencial é tão substitutivo quanto qualquer outra escolha erótica da vida psíquica do paciente, e nesse sentido não é menos real.
Diz Freud:
“Em outras palavras: podemos verdadeiramente dizer que o estado de enamoramento que se manifesta no tratamento analítico não é real?”
“É verdade que o amor consiste em novas adições de antigas características e que ele repete reações infantis. Mas este é o caráter essencial de todo estado amoroso. Não existe estado deste tipo que não reproduza protótipos infantis.”
(…)
“Resumamos, portanto. Não temos o direito de contestar que o estado amoroso que faz seu aparecimento no decurso do tratamento analítico tenha o caráter de um amor ‘genuíno’. Se parece tão desprovido de normalidade, isto é suficientemente explicado pelo fato de que estar enamorado na vida comum, fora da análise, é também mais semelhante aos fenômenos mentais anormais que aos normais.” (2)
É justamente nesse “realismo” da transferência que ela encontra seu poder na cura. È por esse realismo também que a transferência é lugar de neogênese e transformação.
Ainda uma questão em relação à regra de abstinência. Nada do que estamos falando significa que apoiamos o que ficou chamado “a tentação Ferencziana”. Sabemos que Ferenczi propôs nos anos 20 modificações na técnica. A chamada “técnica ativa” foi proposta no artigo, “Dificuldades técnicas de uma análise de histeria” (8), hoje um clássico e seguida depois pela proposta da chamada “análise mútua”. Sem desmerecer a coragem, a inteligência e a criatividade desse autor, o “rebelde” da psicanálise pioneira, é minha opinião que há uma diferença fundamental entre sair de Manhattan para entrar no Bronx e sair de Manhattan para afundar no rio Hudson. Faço minhas as palavras de Freud na célebre carta que em 1931 enviou a Ferenczi.
“Até o presente nos temos mantido, na nossa técnica, fiéis ao princípio de que aos pacientes deve-se lhes negar toda gratificação erótica. Você sabe também, que aí onde não existe a possibilidade de gratificações mais intensas, estas são facilmente substituídas por carícias menos íntimas, tal como acontece em determinado momento, no curso de uma aventura amorosa ou como no caso do cenário teatral, etc.
Agora bem, imagine você que resultado pode ter comunicar publicamente sua técnica. Não há revolucionário que, no seu momento, não seja deslocado a sua vez por um outro mais radical que ele. Seriam muitos os franco-atiradores em matéria de técnica que diriam a si mesmos: porque vamos a deter-nos no beijo? Certamente não poderá conseguir-se mais se recorrendo ao manuseio, que depois de tudo não vai gerar criança alguma. Mais tarde chegaram outros, mais audaciosos, que estenderam essas liberdades ao olhar e mostrar… e pronto veremos a aceitação, na técnica psicanalítica de todas as formas de jogos vigentes no mundo da semi-virgindade e as caricias, isso tudo conduziria a um incremento enorme do interesse pela psicanálise tanto por parte dos analistas como dos pacientes.” (9)
Agora, negar aos pacientes toda gratificação erótica também não deve confundir-se com “inatingivilidade”. Há momentos de uma análise (para não dizer que em toda análise há esses momentos) nos quais a interpretação discursiva não basta. O paciente precisa perceber que está na presença de um outro humano, comprometido, limitado pela sua subjetividade. A interpretação “encarnada” do analista tem valor de alteridade e a transferência valor de experiência mutativa.
Recentemente comentei com um colega que pretendia nesta palestra acentuar estes dois aspetos do texto de Freud: “manejo da transferência” e “realidade da transferência”. Ele me escreveu então o seguinte:
“…gostaria que você me esclarecesse ao que você se refere com a palavra “manejo” que você opõe a “interpretação”. Está você aludindo ao que os lacanianos chamam “ato analítico”, entendido como uma ação, que pode ser de palavra, que produz um efeito de corte no que denominam “real”, e por isso a temática que você quer abordar é a “realidade” da transferência?”
Achei que meu colega estava me perguntando em última instância se eu tinha virado lacaniano. Sem entrar no mérito dos patrulhamentos, lacanianos ou antilacanianos, achei sua pergunta interessante. Em primeiro lugar, devo reconhecer que é verdade que devemos a Lacan e a sua obra, muito mais que à escola lacaniana, a preocupação por revisar certos modos de conceber nossa prática. Essa preocupação foi particularmente fecunda em relação ao conceito de transferência. Foi o texto de Freud “Observações sobre o amor de transferência” inspiração central do seu seminário VIII dedicado à transferência.(10) O viés que Lacan adotou nesse seminário (a análise do amor, o amor cortês, o amor divino…) pouco tem a ver com o que hoje me propunha a trabalhar com vocês. Mesmo assim, o conceito de ato analítico, sua crítica a uma psicanálise puramente hermenêutica e nesse sentido meramente “interpretativa”, formam parte do repertório de recursos que a psicanálise acumulou nestes 100 anos de existência.
O problema com Lacan é que é difícil pensar seus pensamentos. Não só porque é um autor difícil, mas também porque uma espécie de “aparelho de influência” toma conta de nosso pensar e anula o nosso pensamento. É curioso observar o fenômeno do “lacanismo”. Ele é próximo dos fanatismos religiosos tão em moda nesse nosso mundo pós-moderno. Temos muito a aprender com ele se conseguirmos brecar o efeito sugestivo, sim da sugestão transferencial, que ele próprio denunciou como presente em toda transferência.
Retomemos o texto de Freud e o assunto central: a transferência erótica. Parece evidente que são histéricas, na maioria, as pacientes que Freud imagina como capazes de erotizar a transferência.
Ele afirma que na sua reivindicação amorosa as pacientes procuram:
“certificar-se de sua irresistibilidade”
“destruir a autoridade do médico rebaixando-o ao nível de amante”
“fazendo uso de uma declaração de amor como meio de colocar à prova a severidade do analista, de maneira que, se ele mostra sinais de complacência, pode esperar ser chamado à ordem por isso”. (2)
Ou seja, todos os ingredientes de um bom quadro de histeria: uma posição reivindicadora assentada no complexo de castração, uma sexualização das figuras paternais, ligada a insatisfação edípica, uma rivalidade fálica com os homens e por último, uma “inocência” de conseqüências castradoras. Não diria que hoje um tal conjunto de fenômenos seja de tão difícil “manejo” pelo menos para um analista medianamente inteligente e experimentado.
Outro tipo de pacientes pensadas e não diferenciadas das primeiras no texto seriam as mulheres de paixões poderosas,
“que não toleram substitutos. São filhas da natureza que se recusam a aceitar o psíquico em lugar do material e que, nas palavras do poeta, são acessíveis apenas à ‘lógica da sopa, com bolinhos por argumentos’.” (2)
Continuaríamos aqui dentro do campo da estrutura histérica mas em uma modalidade poderíamos dizer, mais atuadora, com uma tendência maior ao “acting out” e uma também maior dificuldade de simbolização.
Agora bem, sabemos que frágeis são as fronteiras que separam esse tipo de pacientes de algumas modalidades da paranóia, em especial de algumas formas da erotomania, assim como do “desafio” perverso. Com que facilidade a reivindicação fálica se tinge de nuanças persecutórias. Que difícil pode resultar as vezes discriminar o desejo de vingança derivado da humilhação decorrente da “abstinência” do analista de uma vingança produto de uma atividade delirante em estruturação. Como custa as vezes separar o ressentimento neurótico de algumas das formas do rancor paranóico. Sabemos que não estar atentos a essas diferenças, não calcular adequadamente os perigos envolvidos, pode ter o preço de uma vida, às vezes a do analista. Quem está familiarizado com o ambiente psicanalítico paulista sabe que não estou falando metaforicamente.
É conveniente quando abordamos as questões da paixão amorosa não banalizar. É esse um terreno de bordas imprecisas e de conseqüências por vezes desvastadoras.
Queria referir-me, para terminar, a algumas formas de transferência menos graves mas não por isso menos dramáticas nas quais a presença do analista é recoberta por uma tensão que as vezes ameaça o “faz-de-conta” da análise. Tudo acontece como se um “plus” de realismo tivesse que ser a todo momento neutralizado. Como se o dispositivo analítico emprestasse uma exagerada “substância”. Não se trata porém de pacientes com defeitos na sua simbolização, mas sim na minha experiência com carências precoces: orfandades, afastamentos bruscos das figuras parentais na mais terna infância. A transferência oferece já não um lugar para o reordenamento do vivido senão do nunca experimentado. Surge então um erotismo, um “não-alcança-dizer”, uma necessidade de ir “além” das palavras. Suponho que esse tipo de pacientes, pela sua meiguice, pelo seu desamparo, desperte mais que os outros a “tentação Ferencziana”.
Vivemos épocas duras. A psicanálise perdeu parte do seu prestigio social e do seu charme. As vezes me pergunto se isso não é em parte uma coisa boa. Os psicanalistas nos acomodamos nesse prestígio e descansamos demais deixando de fazer trabalhar a própria psicanálise. A ortodoxia está em baixa. Parece que somos agora obrigados a inovar. Frente a arrogância analítica transformada em maltrato do paciente, parece que não fica outra alternativa que reflutuar velhas técnicas de maternagem. Hoje está na moda confessar pecados e/ou fazer deles prova de “plasticidade”. É necessário mais do que nunca separar a procura do novo, da reedição da velha sedução transferencial que tanto preocupava Freud quando escreveu este artigo. É entre outras coisas por isso que ele me parece tão atual.
Bibliografia
(1) Texto originalmente destinado ao “Ciclo de seminários sobre técnica” do “Departamento Formação em Psicanálise” do Instituto Sedes Sapientae.(l999)
(2) Freud, Sigmund: “Observações sobre o amor transferencial”, Vol XII, Obras Completas, Imago. Edição eletrônica de Freud.
(3) Mannoni, Octave: “Ça n’empêche pas d’existir”, Éditions du Seuil, Paris, 1982.
(4) Veja-se a respeito
Ginsburg, Carlo: “Chaves do mistério: Morelli, Freud, e Sherlock Holmes” in Eco, Umberto e …: “O signo de três”, Perspectiva, Brasil, 1991
(5) Lagache, Daniel: “La teoría de la transferencia”, Nueva Visión, Buenos Aires, l980.
(6) Bleichmar, Silvia: “En los orígenes del sujeto”,Amorrortu, Buenos Aires, 1986.
Bleichmar, Silvia: “A fundação do inconsciente”, Artes Médicas, Porto Alegre, 1994.
(7) Lacan, Jacques: “Intervención sobre la tranferencia” in “Lectura estructuralista de Freud”(Escritos I ), Siglo XXI, Mexico, 1971.
(8) Ferenczi, Sandor: “Dificuldades técnicas de uma análise de Histeria” in Obras Completas Vol III, Martins Fontes, São Paulo, l993.
(9) Jones, Ernest: “Vida y obra de Sigmud Freud” Vol.III (Pag 200) Anagrama, Barcelona, l970.
(10) Lacan, Jacques: “O Seminario livro VIII: A transferência” , Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, l992.
Autor:
Oscar Miguelez
E-mail oscarmig@ruralsp.com.br