Agenda de Atividades

26 dezembro, 2024

Ferenczi entre nós II

professor:
Alexandre Costa
dias:
quintas – início 13 março
horário:
17h30 às 19h00

Mini currículo do professor: psicanalista. Membro Titular e Coordenador de Ensino da Formação Freudiana

Ementa: A vida nos provoca, e frente à vida somos sempre precários. Ferenczi, e tantos autores que se deixam atravessar por essa precariedade, passam a suspeitar da impostura do analista frente ao sofrimento. Dobrar-se e se fragmentar, para melhor se emaranhar com a vida – esta que, adverte Radmila Zygouris, se dá entre a contratransferência e a transferência – traduz as noções de cuidado e empatia. Neste semestre, tentaremos seguir pensando a clínica e a política através dessas noções.

Bibliografia:
• Ferenczi. Obras Completas. Martins Fontes, 2011
• Kuperman, Daniel. Presença sensível: cuidado e criação na clínica psicanalítica. Artes e Ecos, 2021
• Kuperman, Daniel. Por que Ferenczi?. Zagodoni, 2021
• Knobloch, Felicia. O Tempo do Traumático. INM, 2022
• Gondar, Jô. Reis, Eliana Schueler. Com Ferenczi: Clínica, Subjetivação, Política. 7 Letras, 2017
• Gondar, Jô. Dal Molin, Eugênio. Kuperman, Daniel. Ferenczi Pensador da Catástrofe. Zagodoni, 2020
• Zygouris, Radmila. Pulsões de Vida. Escuta, 1999
• Zygouris, Radmila. O Vínculo Inédito. Escuta, 2003

26 dezembro, 2024

Seminário 20: mais ainda de J. Lacan.

professora:
Susan Guggenheim
dias:
quintas – início 13 março
horário:
16h00 as 17h30

Mini currículo do professor: psicanalista, membro titular da Formação Freudiana, doutora pelo Instituto de Medicina Social da UERJ, participante da Escola Brasileira de Psicanálise.

Ementa: Estudando o Seminário 20 de J. Lacan, daremos ênfase às fórmulas da Sexuação. Diante dos impasses da definição sexual, Lacan nos oferece a possibilidade de pensarmos a sexualidade humana em suas múltiplas formas de expressão.

Bibliografia:
• Lacan, J. Mais ainda livro 20. Editora Zahar. Rio de Janeiro. 2009

Cópia de Estão abertas as inscrições para a formação em Psicanálise da Formação Freudiana.

26 dezembro, 2024

Introdução a Thomas H. Ogden II

professor:
Ricardo Parente de Mello
dias:
quintas – início 13 março
horário:
14h30 às 16h00

Mini currículo do professor: psicólogo, psicanalista, membro titular e Coordenador da Clínica da Formação Freudiana

Ementa: Thomas Ogden é um leitor crítico de Freud, Klein, Winnicott e Bion, entre outros grandes psicanalistas. Interpreta e amplia, com criatividade, alguns de seus principais conceitos. É a partir dessas diferentes matrizes que ele se movimenta e cria uma obra original para além das escolas de psicanálise. No módulo anterior, dedicamo-nos ao estudo da obra de Melanie Klein na sua leitura e reinvenção por Ogden. Neste semestre, abordaremos a obra do psicanalista estadunidense em sua interseção com alguns conceitos de Donald W. Winnicott.

Bibliografia:
• Ogden, Thomas H. A Matriz da Mente. Relações Objetais e o Diálogo psicanalítico. Blucher, 2017
• Ogden, Thomas H. Psicanálise ontológica ou “O que você quer ser quando crescer?”. Revista Brasileira de Psicanálise, volume 54, 2020
• Ribeiro, Marina F. R. (Org.) Por que Ogden? Zagodony, 2023.

26 dezembro, 2024

O lugar “certo” de colocar o desejo: investigação em torno dos conceitos de satisfação de desejo, sublimação e brincadeira (Freud, Winnicott e quem mais chegar)

professor:
Paulo Domenech Oneto
horário:
10h00 às 11h30
dias:
quintas – início 13 março

Mini currículo do professor: Doutor em Filosofia pela Université de Nice (França), tendo realizado estágio pós-doutoral em estudos psicossociais na University of London, Birkbeck. Professor da UFRJ desde 2009 e psicanalista desde 2018.

Ementa: A ideia deste semestre é continuar explorando e aprofundando os estudos em torno da psicanálise de Winnicott, mas sem perder de vista as questões que, independentemente de qualquer corrente, insistem em se reapresentar. Trata-se de buscar interlocuções, sem empilhar teorias ou forçar convergências, mas, ao contrário, marcando as diferenças entre as abordagens como ponto de partida produtivo, conforme aprendemos com pensamentos radicais (Nietzsche, Foucault etc.). Iniciaremos com a hipótese geral da psicanálise como uma analítica do desejo, partindo de uma letra de música de Caetano Veloso, e de um caso de histeria trazido por Freud. Então examinaremos o papel da função simbólica como constitutiva do próprio processo do desejo (Lacan), a ideia de maquinismo do desejo (Deleuze-Guattari) e, sobretudo, o problema do conceito de “sublimação” (Freud) e a atividade de brincar (Winnicott).

Bibliografia:
• DELEUZE, G. & GUATTARI, F. O Anti-Édipo (1972). Capítulo 1: As máquinas desejantes.

• DOMENECH ONETO, P. “Breve introdução à lógica do desejo a partir de Sacher-Masoch”. Texto para grupos de estudo (2022).

• FREUD, S. Cinco lições sobre a psicanálise (1909). Lição 5.

• __. A Interpretação dos sonhos (1901). Capítulo IV: A distorção nos sonhos.

• __. “Angústia e pulsões”, in Novas conferências introdutórias à psicanálise (1933).

• LACAN, J. Seminário VI: “O desejo e sua interpretação”. Lição 1 (1958).

• LAPLANCHE, J. & PONTALIS, J.-P. Vocabulário de psicanálise (1967).

• MEZAN, R. “O estranho caso de José Matias”, in O Desejo (org. Adauto Novaes) (1990).

• WINNICOTT, D.W. O Brincar e a realidade (1971).

26 dezembro, 2024

Seminário sobre a técnica psicanalítica: a formação do analista

professores:
Fernanda Dória, Hélcio Aranha; Marcelo Cobucci; Marcia Dias; Maristela Villas Boas
e Vinicius Monteiro

coordenadora:
Andrea Junqueira

dias:
terças – início 11 março
horário:
17h30 as 19h00

Ementa: Desde a fundação da Formação Freudiana, o Seminário sobre a Técnica Psicanalítica, idealizado por Chaim Samuel Katz, tem sido um espaço privilegiado para refletir sobre os desafios e limites da técnica psicanalítica. Diferentemente de uma postura onipotente, a técnica é uma bússola que ajuda o analista a navegar em um ambiente de incertezas, de instabilidades e de conflitos, sem nunca se fechar em um saber absoluto. Este Seminário tem como objetivo pensar a experiência psicanalítica para além dos modelos da Psicanálise Clássica ou Standard, reconhecendo os desafios apresentados pelos sofrimentos psíquicos na atualidade. Com base no pensamento de autores como Freud, Ferenczi, Winnicott, Bion e autores contemporâneos, os encontros explorarão questões como: a importância da escuta analítica; a Contratransferência e as angústias do analista; A tensão entre teoria e prática na clínica na clínica contemporânea. Esse percurso teórico-clínico convida à abertura e ao questionamento constante, valorizando o lugar da Técnica Psicanalítica como uma experiência viva e em constante transformação.

Bibliografia:
• Almeida, Alexandre Patricio: Muito além da formação. Editora Blucher 2023

• Figueiredo, Ana Cristina: Confusões e Atendimentos imperfeitos. Editora Relume Dumará.

• Katz, Chaim S. Formação e menoridade: novíssimas notas. Cadernos de Psicanálise: Psicanálise e Tempo. Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro. 1994.

• LIEDKE, Lucas. Entre sessões: psicanálise para além do divã, Paidós, 2023.

• RANK, Otto e FERENCZI, Sándor. Metas do desenvolvimento da psicanálise: sobre a interação da teoria e da prática. São Paulo: Quina Editora, 2022.

• Valabrega, Jean-Paul: A formação do psicanalista. Editora Martins Fontes 1983

Obs: serão indicados textos complementares durante o semestre.

26 dezembro, 2024

Conceitos fundamentais da Psicanálise

professor:
Vinicius de Carvalho Monteiro
dias:
terças – início 11 março
horário:
16h00 as 17h30

Mini currículo do professor: mestre em filosofia pela PUC-RJ, doutor em Ciências Políticas pelo IUPERJ, professor de filosofia da PUC-RJ e da Faculdade de Filosofia e Teologia São Bento (RJ)

Ementa: Freud ganhou o “prêmio Goethe”, em 1930, por suas qualidades como escritor. Tendo vivido na passagem do séc. XVIII ao XIX, Goethe foi simultaneamente um literato, cientista, pensador, investigador da alma humana – em síntese, e acima de tudo, um grande escritor. As mesmas características se aplicam a Freud, cujo talento pode ser especialmente caracterizado pela elegância e sobriedade do seu estilo, e pela clareza com que apresenta ao leitor as suas noções centrais. O termo “psicanálise” significa, literalmente, análise do psiquismo, isto é, a separação da totalidade psíquica em suas partes componentes. A obra freudiana transforma analiticamente a complexidade obscura, desorganizada e intrincada do inconsciente em conceitos claros e precisos, determinados e discretos. Este didatismo iluminista que “esclarece” as regiões sombrias da mente humana é marca distintiva do trabalho de Freud como escritor, e será a tônica do nosso curso, voltado para a definição e o estudo minucioso dos principais conceitos da psicanálise. Atuando de forma paralela e complementar às aulas (que serão presenciais), teremos um blog do curso com textos e diagramas explicativos, imagens, fotos, filmes, documentários etc.

Bibliografia:
• LAPLANCHE e PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 2016.

• MIJOLLA, Alain de. Dicionário internacional de psicanálise: conceitos, noções, biografias, obras, eventos, instituições. Rio de Janeiro: Imago, 2005.

• ROUDINESCO, Elisabeth e PLON, Michel. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

26 dezembro, 2024

Debates clínicos II – Ferenczi e Freud

professor:
Pedro Rocha
dias:
terças – início 11 março
horário:
14h30 às 16h00

Mini currículo do professor: psicanalista, professor, pós-doutor em filosofia (USP). Membro titular e Coordenador de Ensino da Formação Freudiana

Ementa: Quando, nos últimos dias de vida, e nas últimas páginas do seu Diário Clínico, Ferenczi reflete sobre sua trajetória como psicanalista, pondera que, durante décadas, travou um confronto silencioso com as ideias de Sigmund Freud. O objetivo desse módulo é dar voz a alguns aspectos desse confronto, especialmente no que tange a duas das principais propostas clínicas de Ferenczi na virada da década de 1930: “Elasticidade” (1928) e “Neocatarse” (1930). São procedimentos que se antepõem à concepção freudiana de progresso técnico da psicanálise – que teria deixado as questões relativas à catarse (ou abreação) no passado pré-analítico – e às recomendações de abstinência e distanciamento afetivo. Mantendo sempre em vista essa anteposição com o texto de Freud, também buscaremos a gestação daquelas ideias nas formulações ferenczianas da década de 1920 sobre a “técnica ativa”.

Bibliografia:
Ferenczi, Sándor. Obras Completas IV. Martins Fontes, 2011
Ferenczi, Sándor. Obras Completas III. Martins Fontes, 2011
Freud, Sigmund. Obras completas volume 10. Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia, artigos sobre técnica e outros textos. (1911-1913). Cia das Letras, 2010

Freud, Sigmund. Obras completas volume 11. Totem e Tabu, Contribuição à história do movimento psicanalítico, e outros textos. (1912-1914). Cia das

26 dezembro, 2024

Lendo Bion: Atenção e Interpretação

professora:
Cristiana Pondé
dias:
terças – início 11 março
horário:
11h30 às 13h00

Mini currículo do professor: doutora em Psicologia Clínica (PUC-Rio) e membro convidada da Formação Freudiana. É autora do livro O magma vulcânico: entre a eclosão e a criação. Psicanálise dos casos-limite (2021).

Ementa: Seguiremos o percurso de Bion no livro “Atenção e Interpretação” (1970), o qual dá continuidade ao desenvolvimento de uma “Teoria da Observação” em psicanálise. Este livro expande certas questões relativas à teoria dos vínculos, aos processos de simbolização, e ao pressuposto de que a psicanálise supõe amor à verdade, como toda disciplina científica. A ênfase é colocada também na sugestão de Bion de uma linguagem própria do analista, a “Linguagem de Consecução”, termo que, segundo Sandler, contém uma ideia de movimento e, assim, não privilegia o produto final, “o que se consegue”, mas o processo de “ir se conseguindo”. A metodologia do curso seguirá os moldes de um grupo de estudos, onde a participação dos membros é o fator que permitirá a circulação das dúvidas, incertezas e propiciando o surgimento de novas ideias e de pensamento autoral.

Bibliografia:
• Bion, W. _Atenção e Interpretação. Ed. Imago, 2006, 2a edição.
• Sandler, P. C. A _linguagem de Bion. Um dicionário enciclopedico de conceitos. Ed. Blucher, 2021.

12 dezembro, 2024

Erich Fromm como interlocutor de Sándor Ferenczi: política, subjetividade, clínica e institucionalização da psicanálise

com: Gustavo Dean-Gomes

horário: 11h30 as 13h00

dias: 4, 11, 18 e 25

Gustavo Dean-Gomes

Psicanalista e Pesquisador. Doutorando no Departamento de Psicologia do IP/USP com a pesquisa “Sándor Ferenczi e seus interlocutores: silenciamento, desenvolvimento e disputa”. Mestre em Psicologia Clínica pela PUC/SP. Professor nos cursos de Formação em Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos de São Paulo. Membro do Grupo Brasileiro de Pesquisa Sándor Ferenczi e do PsiA: Laboratório de Pesquisas e Intervenção em Psicanálise da USP. Autor de “Budapeste, Viena e Wiesbaden – O percurso do pensamento clínico-teórico de Sándor Ferenczi” (2019).

Ementa:

O curso tem como objetivo expor e desenvolver o diálogo entre as obras dos psicanalistas Erich Fromm e Sándor Ferenczi, destacando como Fromm, a partir do conhecimento das teorias ferenczianas e da própria história de Ferenczi, revisa e critica aspectos diversos da psicanálise clássica. O curso é organizado em quatro aulas que abordam a interface entre política, subjetividade, clínica e as questões da institucionalização da psicanálise.

12 dezembro, 2024

Sándor Ferenczi: olhares sobre a infância

com:
Pedro Rocha de Oliveira
horário:
14h30 as 16h00
dias:
4, 11, 18 e 25

Pedro Rocha é professor, psicanalisa, pós-doutor em filosofia (USP 2019) e membro da coordenação da Formação Freudiana. Pesquisa temas relacionados à interseção entre história e clínica psicanalítica. Publicou recentemente, pela Editora Elefante, o livro Discurso Filosófico da Acumulação Primitiva (2023), no qual discute as origens da filosofia moderna no contexto do surgimento do capitalismo.

Ementa:

Desde seu primeiro escrito psicanalítico, em 1908, fazendo ponte com a pedagogia, até seu último texto publicado – o famoso Confusão de línguas entre os adultos e a criança, de 1933 – Sándor Ferenczi esteve centralmente preocupado com a especificidade do funcionamento do psiquismo infantil. A ideia psicanalítica fundamental de que o sofrimento psíquico envolve problemas de desenvolvimento, fixação e regressão foi, por Ferenczi, explorada com marcante intensidade, levando-o a situar a infância clinicamente não apenas sob a forma de rememoração, mas também de vivência, através da atenção aos acontecimentos na relação analítica e à natureza da transferência. Para mapear a construção dessa concepção clínica, estudaremos quatro textos fundamentais de Ferenczi: Psicanálise e pedagogia (1908), A adaptação da família à criança (1927), A análise de crianças na análise de adultos (1931) e A confusão de línguas entre os adultos e a criança (1933).

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