“O sistema passa a responsabilizar o indivíduo por seu “sucesso” ou “fracasso” deslocando questões coletivas sociais para a subjetivação do EU; o conceito de meritocracia tão celebrado
pelo sistema neoliberal não permite a existência de sintomas que ele mesmo gera como desigualdade sócio-econômica e perda de saúde mental, na sociedade que só abre espaço para o positivo. O sujeito que introjeta essa ansiedade de realizar se torna inapto para identificar suas dificuldades e conflitos vivendo em uma corrida involuntária contra o tempo para alcançar, realizar e cumprir metas. Como lidar então com os percursos e a noção de tempo no processo terapêutico de análise com um sujeito que busca ansiosamente uma nova versão de si e se abstém de lidar com o desconforto?”
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Raquel Franco é Membro em Formação da Formação Freudiana.
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Fotografia de Zoe Gayah Jonker.
